domingo, 3 de julho de 2011

Cuidado com a Imunodeficiencia


Os primeiros cuidados e as primeiras alterações são muito importantes para os nossos filhos, levando a sintomas nos primeiros anos de vida e a predisposição a enfermidades na idade adulta.

O desenvolvimento no período Perinatal e nos primeiros anos de vida tem influenciado por fatores endógenos (que vem de dentro) e ambientais que atuam em concerto produzindo trocas estruturais e funcionais que podem persistir por toda a vida.

O conceito de programação fisiológica dos primeiros anos de vida tenta explicar as associações do período perinatal com alterações no crescimento e desenvolvimento fetal e o fato de aparecerem doenças até o final da vida. Estes fatores entre os quais, a nutrição e os hormônios endógenos, assim como a exposição ambiental a materiais biológicos, químicos, medicamentos, atitudes medicas e até a fatores físicos são importantes.

A ação de certos fatores relacionados com tecidos específicos durante o desenvolvimento, sensíveis ao mesmo, afetam o seu desenvolvimento, organização e função.

Imunotoxicidade do desenvolvimento e os riscos para a saúde na vida adulta:

A imunotoxicidade do desenvolvimento é um problema de saúde cada vez mais frequente e que predispõem as crianças cada vez mais a enfermidades; as enfermidades como a asma infantil, as enfermidades alérgicas, os transtornos auto imunitários e as infecções infantis.

Estes problemas estariam relacionados à maturação do sistema imune em associação com o desenvolvimento de influencias ambientais, como a seleção negativa das células T auto reativas no Timo em desenvolvimento.

Influencias ambientais sobre o desenvolvimento pré-natal e as respostas imunológicas:

A exposição do ambiente intra-útero está preparado para o ambiente semialógeno; a relação entre o feto e a mãe tem uma diminuição da atividade imunológica para evitar uma ação tipo rejeição da mãe pelo feto, que poderia se transformar em um baixo nível imunológico, caracterizando a imunodeficiência transitória que o recém-nascido tem quando nasce.

Durante o terceiro trimestre da gestação o feto tem uma baixa do linfócito T helper (aquele que ajuda a defesa – relacionado com interferom gama) e quando o nenê nasce pode ser detectado o problema, porém, a amamentação com o leite materno vai ajudar a rapidamente melhorar e em um a dois meses estamos já com um nível mais equilibrado.

A exposição intrauterina a pesticidas e ao fumo é responsável por uma diminuição do nível da defesa do nenê.

As alterações em células T, células dendriticas e nos macrófagos são altamente vinculadas a alterações químicas dando lugar a uma má regulação dos mesmos e piorando a imunidade do nenê.

Resposta Imune durante a infância:

Até o tipo de parto pode estar relacionando com patologias especificas do dia a dia. Um parto normal tem um risco menor de rinite alérgica e atopia, em pais que tenham as patologias, do que nos partos cesárea. Provavelmente o contato com a vagina vai criar fatores imunológicos importantes na vida do recém-nascido.

Durante o período Perinatal o hospedeiro humano está exposto a uma serie muito grande de macromoléculas ambientais e agentes microbianos associada a baixa defesa do grupo, o que levas as alterações da resposta imune mediada pelas células apresentadoras de antígenos assim como a um aumento da apoptoses (morte das células) e das respostas dos eosinófilos.

As respostas inflamatórias das células devido as alterações da mucosa precocemente desencadeiam alterações posteriores como doenças da própria mucosa, da autoimunidade e de reações alérgicas.

Uma microflora alterada no começo da infância afeta as reações de sinalização que determinam a diferenciação das células T Helper (TH) e a indução de tolerância.

A quantidade de células Th1 (células de defesa 1) diminuída com um aumento de células Th2 (células de defesa 2) nas vias respiratórias associadas a um aumento dos transtornos alérgicos está associada a uma diminuição das respostas Th1. Ou seja, as alterações do meio ambiente no período perinatal e neonatal precoce podem alterar as respostas da vida em um adulto. (É a interação do meio ambiente e das infecções deste o período perinatal até a fase adulta).

As alterações toxicológicas no período neonatal e na infância podem ser responsáveis por alterações especificas como asma alérgica infantil e rinite em particular, varias toxinas com agentes infecciosos, contaminação do ar e até o tabagismo materno, alterações do estado de fadiga, alergias alimentares e até o câncer (leucemia infantil).

Enfermidades alérgicas infantis:

As doenças da infância como a asma alérgica infantil e a rinite em particular, varias toxinas, agentes infecciosos, contaminantes do ar, e o tabagismo materno são importantes fatores de risco, assim como a probabilidade de agentes genéticos do próprio feto estimulariam um aumento de Th2 aumentando o risco.

Temos em nossos agentes terapêuticos a ação do Vicentoxicum hirudinaria em associações junto com Tonsila suis em associações que podem ajudar as crianças com baixo índice de IGA salivar (imunoglobulinas da saliva) podem reduzir o nível de asma na infância.

As alterações como baixo peso ao nascer e complicações metabólicas, assim como a obesidade em crianças associada a transtornos cardiovasculares e a resistência a insulina podem estar diretamente ligados a alterações especificas da atividade imunológica. A própria puberdade precoce e alterações no desenvolvimento sexual dos adolescentes está vinculada a alterações do sistema de defesa.

Esta cada vez mais em evidencia que os fatores genéticos, associados a informações do meio ambiente (epigenéticos) podem afetar o desenvolvimento pré-natal e causar trocas estruturais importantes que podem ser responsáveis pelas doenças da infância e do adulto.

A exposição no período pré-natal e neonatal precoce a fatores humorais endógenos (por exemplo - hormônios sexuais) e a agentes tóxicos como fármacos podem alterar as respostas futuras do organismo. Todas as alterações no eixo Hipotalamus, hipófise e suprarrenal e sobre todo o sistema imunitário são importantes no equilíbrio.

Estes são os principais fatores de risco nas deficiências imunológicas e que devem ser sempre tratadas, pois melhoram as respostas muitas doenças podem ser evitadas.

Dr. Miguel Zaba(11) 26014199

 
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