segunda-feira, 4 de julho de 2011

Autismo - Como Tratar os Sintomas Fisicos e Emocionais

Nós, como doutores de medicina ocidental, temos conhecido o autismo como uma doença incurável, sem tratamento disponível. Então, por que nos preocuparmos em diagnosticar estas crianças quando não existe tratamento?

Com o alarmante aumento de casos, muitas pesquisas estão sendo feitas. Estudos recentes mostraram que muitas destas crianças têm condições médicas pré-existentes (fisiológicas) que precisam ser abordadas. Esta é uma área emergente e protocolos claros de tratamento são escassos. A maior parte da questão parece ser bem alternativa para nós, e, por conseguinte, pode ser vista como algo não importante. Contudo, apesar da falta de uma abordagem baseada em evidências, muitas evidências subjetivas e circunstanciais existem que alguns destes tratamentos podem ser muito eficientes. Alguns destes serão apresentados na próxima página. A maioria dos médicos, que passaram algum tempo pesquisando esta parte do "tratamento médico" do autismo, concordará que com certeza vale a pena tentar.

Um fato importante a lembrar é que os Transtornos do Espectro Autista (ASD, em inglês) parecem ser compostos de várias condições que apresentem sintomas semelhantes. Portanto, não existe um tratamento que funcione para todas as pessoas com estes Transtornos. Esta extrema variabilidade requer planos de tratamento individualizados e diagnosticar uma única criança pode ser uma tarefa monumental para qualquer profissional médico. Trabalhar com os pais e incentivá-los a se tornarem o próprio administrador do caso dos seus filhos, pode ser a melhor abordagem conceitual. No entanto, lembre-se também de que muitos desses pais já estão sobrecarregados com as necessidades da criança. Quando este documento foi escrito, estávamos fazendo planos para iniciar um sistema de gerenciamento de caso para enfermeiras.

Muitos pesquisadores acreditam que os transtornos ASD sejam desencadeados por um processo auto imunológico, afetando vários sistemas, incluindo o sistema gastrointestinal, o cérebro e o fígado. Níveis significativamente elevados de auto anticorpos contra diversos antígenos, incluindo a proteína básica da mielina (a abreviação PAM é usada em inglês), foram detectados em transtornos ASD. Estudos de endoscopia gastrointestinal demonstraram um número significativo de esofagites, duodenites, colites e hiperplasias nodulares linfóides. A maioria destas crianças sofre de alergias ou sensibilidades a produtos lácteos. Mais de 90% delas têm demonstrado ter muito baixos níveis de sulfato. O fenol-sulfur-transferase (PST), que se acredita ser um mecanismo fundamental na desintoxicação, foi encontrado em quantidades muito baixas na maior parte dessas crianças. Descobriu-se que a glutationa peroxidase e o superóxido dismutase (importante em antioxidantes no mecanismo para inativar os radicais livres) eram significativamente mais baixos do que os controles.

Pensa-se que muitos dos "comportamentos autistas" são manifestações de condições fisiológicas. Bater a cabeça e distúrbios de sono e distúrbios podem ser respostas à dor, que não podem ser expressos de outra forma.

Discutir anormalidades fisiológicas provavelmente irá resultar em uma melhoria significativa no comportamento autista e, portanto, intervenções educativas mais eficazes.

Pode haver um papel para SSRI e antipsicóticos para um pequeno número de crianças sem outras intervenções. Porém, a maioria destes medicamentos não é aprovada para uso em crianças, e existem poucos estudos que apoiam a eficácia.

Encaminhamentos para intervenção precoce são essenciais. Programas educacionais podem ter efeitos profundos, especialmente quando combinados com intervenções médicas que melhoram a atenção e o comportamento.

As 3 melhores intervenções médicas para considerar (os pais podem perguntar...)

1. Trato gastro-intestinal: Muitas crianças sofrem de diarreia, constipação, esofagite, gastrite, duodenite e colite, que podem ser responsáveis por uma variedade de sintomas como dores abdominais e acordar de noite (temosum derivado da Nux vomica que pode facilmente ser usado para equilibrar estes problemas). Muitos também têm crescimento de levedura no tubo digestivo.

Tente eliminar os laticínios (produtos lácteos), uma vez que não há provas convincentes de que um grande número destas crianças tenha alergias ou sensibilidades ao leite.

Sensibilidades ao glúten também são bastante prevalentes e pode valer a pena tentar eliminá-lo (mais difícil fazê-lo). Isso é o que muitos se referem à dieta GF/CF, ou seja, sem gluteína ou caseína (consulte abaixo).

A teoria de excesso de opiáceos também apoia esta dieta.

O uso de medicamentos antifúngicos pode ser considerado, se a cultura de fezes mostrar um excesso de crescimento de levedura.

Infelizmente, não há muitos especialistas em Gastroenterologia que façam avaliações e tratamentos de crianças com autismo.

2. Desintoxicação: Existem boas evidências de que os caminhos para a desintoxicação são prejudicados em muitas destas crianças. O sulfato desempenha um papel importante e aproximadamente 90% das crianças autistas têm níveis muito baixos, o que significa que elas têm dificuldades em eliminar toxinas internas ou geradas dentro do organismo. O sulfato é crucial para a saúde do trato gastrointestinal. Substituir o sulfato pelo sulfato de magnésio (sal de Epson ou sal amargo) pode ajudar.

O acúmulo de metais pesados pode ter um papel também importante na terapia de crianças autistas.

A redução da carga de toxinas provavelmente beneficiará estas crianças. As toxinas podem ser ambientais (inseticidas, herbicidas, mercúrio, arsênico, fumaça de automóveis etc.) ou de produtos domésticos (formol, agentes de limpeza, compostos orgânicos voláteis, chumbo etc.).

Também considere reduzir a ingestão de produtos alimentícios que contenham fenol (deficiência de transferase de fenol e enxofre), tais como maçãs.

3. Stress oxidativo: Caminhos de metilação e outros mecanismos antioxidantes são frequentemente usados nos portadores da deficiência. A habilidade diminuída para inativar os radicais livres podem ter efeitos neurológicos significativos.

Suplementos vitamínicos devem ser recomendados, especialmente porque muitas crianças com autismo têm padrões de dietas severamente limitados.

Reduzir a ingestão de comidas altamente processadas (altas em radicais livres) também é indicado, entre outras técnicas que facilitem a eliminação dos metais pesados e das toxinas das diversas infecções que vão existir na vida destes jovens.

Conforme mencionado antes, por causa da variabilidade extrema desta doença, cada criança requer um plano de tratamento, mas não há exames médicos sólidos que determinem a eficácia destas intervenções. Não importa o quão imprecisos ou subjetivos eles possam ser, depender do relatório dos pais sobre as mudanças de comportamento pode ser a única opção. Felizmente, muitos pais são muito perceptivos às mudanças dos comportamentos dos seus filhos. Com o método de tentativa e erro, é importante acrescentar que mudanças de tratamento podem ser implementadas uma de cada vez. Boa sorte e mantenha a esperança viva!

Você poderá encontrar mais informações sobre o autismo e os cuidados necessários com Dr. Miguel Zaba no Site Oficial ou através do tel. (11) 26014199.

Bibliografia

1. Horvath K, Patadimitriou JC, John C, et al. Gastrointestinal abnormalities in children with autistic disorder. Journal of Pediatrics, 1999 Nov: 135(5): 559-563
2. Buie T, Pediatric GastroEnterologist, Harvard, Massachusetts General Hospital, MA. Gastrointestinal function of children with autism Initial Autism Research Findings.
3. Knivsberg AM, Reichelt KL, Hoien T, Nodland M. A Randomized, Controlled Study of Dietary Intervention in Autistic Syndromes. Nutritional Neuroscience, 2002 Vol 5 (4), pp 251-261
4. Waring RH, Klovrza LV, Sulphur Metabolism in Autism. Journal of Nutritional and Environmental Medicine (2000)10, 25-32
5. Alberti A, Pirrone P, Elia M, Waring RH, Romano C. Sulphation Deficit in "low-functioning" autistic children: a pilot study. Biol. Psychiatry 1999: 46; 420-424
6. Yorbik O, Sayal A, Akay C, et al. Investigation of antioxidant enzymes in children with autistic disorder. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2002 Nov; 67(5): 341-3
7. James SJ, Cutler P, Melnyk S, et al. Metabolic biomarkers of increased oxidative stress and impaired methylation capacity in children with autism. Am J Clin Nutr 2004 Dec: 80 (6): 1611-7
8. Paul C. Lee, M.D. Diretor Médico, HANS (Help Autism Now Society)

Fonte: © 2007-2008 Autism Research Institute

Dr. Miguel Zaba
(11) 26014199

 
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